O vereador Claudio Tinoco (União Brasil), participou, nesta segunda-feira (3), da abertura dos trabalhos legislativos na Câmara Municipal de Salvador. Em entrevista ao Enxame Baiano, Tinoco ressaltou que a discussão sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) será uma das pautas centrais do primeiro semestre na Casa.
“Sem dúvida alguma, é a perspectiva que a gente tem de debate na Câmara e, logicamente, de construção legislativa. O PDDU e a LOUOS, por uma exigência da lei, ela vai estar sendo discutida a partir do momento que o Executivo encaminhar os projetos para a Câmara”, afirmou Tinoco. O vereador também destacou a renovação da Casa, que conta com 17 novos parlamentares, e afirmou que estará apresentando uma série de novos projetos legislativos. “Tenho certeza que essa Câmara Municipal que está iniciando a legislatura hoje vai mostrar à cidade de Salvador inovações legislativas, muito debate, muita discussão, ou seja, uma Câmara ativa nos interesses da cidade e do cidadão”, completou.
Ao ser questionado sobre os recentes embates entre o prefeito Bruno Reis e o governador Jerônimo Rodrigues, Tinoco defendeu que a falta de diálogo entre as esferas municipal e estadual tem gerado atritos. “As farpas são consequência exatamente da falta de diálogo. O prefeito Bruno Reis, no seu primeiro mandato, externou por diversas vezes que teria pedido audiência ao governador para tratar de assuntos importantes da cidade, como o transporte público”, disse.
Tinoco ainda criticou o que chamou de “posição extremamente política” do governador Jerônimo Rodrigues ao receber prefeitos que até votaram contra ele na eleição de 2022, enquanto não atende o prefeito de Salvador para tratar de demandas urgentes da cidade. “Enquanto o governador transita pelo Estado da Bahia recebendo prefeitos, inclusive aqueles que votaram contra ele, o prefeito Bruno Reis segue buscando abrir o diálogo institucional e resolver problemas concretos que afetam a população”, afirmou.
O vereador também criticou a falta de avanço na municipalização da educação e apontou a política estadual como entrave. “O governador repete que mantém 70 mil crianças e adolescentes matriculados em escolas do Estado, mas por que não transfere essas escolas para o município, que tem uma oferta de educação de melhor qualidade com base no IDEB?”, questionou.
Por fim, Tinoco mencionou os impactos da recente mudança no ICMS dos combustíveis, que, segundo ele, tem elevado os preços na Bahia e afetado diretamente a população. “Isso está impactando no preço geral, com uma inflação altíssima, e quem tem sofrido são todos os baianos”, concluiu.
Cidadão Repórter
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