Enxame Baiano em Destaque: O Arquivo Público da Bahia viraliza com o projeto "Fragmentos de Memória", que usa Inteligência Artificial para dar face à história, revelando o olhar de quem foi apagado pela escravidão.
SALVADOR, BA – 7 de Novembro de 2025
Um projeto comovente e profundamente significativo está dominando as redes sociais e o noticiário na Bahia: o "Fragmentos de Memória", iniciativa do Arquivo Público da Bahia (APEB). Utilizando o poder da Inteligência Artificial (IA), a iniciativa está realizando um resgate histórico que é, acima de tudo, um ato de reparação e dignidade.
O objetivo é simples, mas revolucionário: reconstruir digitalmente os rostos de pessoas escravizadas e libertas cujas existências foram registradas apenas em documentos frios e fotografias antigas, muitas vezes danificadas ou incompletas.
O Olhar que o Tempo Não Apagou
O projeto atua sobre registros vitais, como cartas de alforria, passaportes de libertos e documentos de identificação do século XIX. A IA analisa as descrições detalhadas (cor da pele, cicatrizes, traços faciais, cabelo) e, em alguns casos, as poucas imagens existentes, para gerar um retrato digital fotorrealista.
O resultado tem sido um fenômeno emocional. Centenas de usuários têm compartilhado as imagens reconstruídas, expressando profundo impacto ao verem, pela primeira vez, o olhar de indivíduos que a história oficial tentou reduzir a meras estatísticas ou propriedades.
"Ver o rosto de um homem ou uma mulher liberta, com traços tão definidos, é quebrar a barreira do tempo. A IA não está apenas restaurando fotos, está restaurando a humanidade e a identidade de quem foi brutalmente silenciado. É um resgate que vai além da história; é um resgate da alma do nosso povo."
— Comentário nas redes sociais sobre o projeto.
Por Que a Iniciativa Viralizou?
A viralização do "Fragmentos de Memória" deve-se à junção de alta tecnologia com a profunda relevância social:
• Impacto Visual: A qualidade da reconstrução é impressionante, transformando descrições burocráticas em faces reais.
• Reparação Histórica: O projeto é visto como um passo fundamental no reconhecimento das contribuições e do sofrimento da população negra na formação do estado, um tema central na cultura baiana.
• Democratização da História: O APEB está usando plataformas digitais para levar esses rostos e suas histórias para muito além dos muros do arquivo, alcançando milhões de pessoas.
A SAEB, Secretaria à qual o Arquivo Público está vinculado, tem destacado a iniciativa como um exemplo de como a inovação na gestão pública pode ter um profundo impacto social e educacional.
O projeto não só preserva a memória, mas também força a sociedade a confrontar visualmente o passado, dando nome, traços e dignidade àqueles que foram reduzidos a fragmentos.
Redação Enxame Baiano
Acesse o site do Arquivo Público da Bahia e veja todos os rostos já reconstruídos.


