70 LÍDERES em BELÉM: O Circo da COP30 e a Conta do "Show" que o Povo Vai Pagar.
Belém, Pará – A capital paraense se transformou no palco de um megaevento internacional esta semana: a Cúpula do Clima, a COP30, que reuniu mais de 70 presidentes, representantes de nações e autoridades globais. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o anfitrião e principal estrela, discursando na abertura com o foco na urgência climática e na valorização dos povos da Amazônia, os chamados "amazônidas".
Para o Portal Enxame Baiano, é fundamental olhar para além dos holofotes e questionar o custo-benefício real deste espetáculo diplomático para o cidadão comum, tanto da Amazônia quanto do resto do Brasil.
A Visão da Direita: Entre o Holofote e a Hipocrisia
A presença de 70 líderes em solo nacional é um fato notável de projeção internacional para o Governo Federal. Contudo, a crítica que ecoa nos setores de direita e liberais questiona a efetividade de tais cúpulas e o custo da máquina pública para sediá-las.
1. Custo e Prioridades: A estrutura de segurança, logística e infraestrutura montada em Belém exige um investimento bilionário de recursos públicos. A crítica é direta: enquanto o País ainda luta para sanar o déficit fiscal e o Nordeste e o Norte carecem de investimentos básicos em saneamento e segurança, o dinheiro está sendo canalizado para um "show" de projeção internacional.
2. O Discurso da Hipocrisia: O discurso de Lula sobre a "urgência climática" e a "sustentabilidade" é visto com ceticismo. De um lado, o Governo busca apoio internacional para "salvar" a Amazônia; de outro, flerta com o aumento da exploração de petróleo na Foz do Amazonas e insiste em pautas que não condizem com a urgência ambiental alardeada. Para os críticos, falta coerência entre a palavra e a ação na política energética e econômica nacional.
3. A "Agenda Verde" e o Desenvolvimento: Questiona-se se a Agenda Verde imposta por essas cúpulas não serve, na verdade, para travar o desenvolvimento econômico soberano do Brasil. O receio é que as restrições ambientais sejam usadas como barreira comercial, impedindo o agronegócio e a indústria de competir em pé de igualdade com nações desenvolvidas.
"É um espetáculo de marketing. O Brasil precisa de menos discursos bonitos sobre o clima e mais seriedade na gestão fiscal e na criação de um ambiente de negócios que gere empregos de verdade, sem a interferência de agendas globais que só nos travam." – Opinião de um economista liberal consultado pelo Enxame Baiano.
A Visão do Povo: O "Amazônida" Entre a Fama e o Esquecimento
O discurso do Presidente, ao valorizar a participação dos "amazônidas", tenta dar voz aos habitantes locais e aos povos tradicionais. No entanto, o sentimento da população de Belém e do Pará é complexo e misto:
• Impacto na Rotina: Para o morador comum, a COP30 significou o caos no trânsito, a interrupção de serviços e uma segurança reforçada que paralisou a rotina da cidade. Muitos relatam que a "vitrine" internacional veio com o ônus de uma capital engessada.
• O Vazio Depois da Festa: A principal preocupação do povo é que, após a saída dos jatinhos e das comitivas de luxo, a cidade e a região voltem ao esquecimento e aos problemas crônicos de infraestrutura e segurança pública. A "valorização" não se traduz em água tratada, esgoto ou saúde de qualidade no dia a dia.
• O Dinheiro que Não Fica: O cidadão questiona por que o dinheiro usado na montagem do evento não foi investido diretamente em projetos perenes para a população local, como escolas técnicas ou centros de pesquisa que realmente empoderem os povos da floresta economicamente, e não apenas no discurso.
A Cúpula da COP30 é, sem dúvida, um momento de glória para a diplomacia brasileira. Mas, aos olhos da direita e do povo que vê a realidade sem os filtros da mídia oficial, é também um lembrete do abismo entre o discurso grandioso nos palcos internacionais e as necessidades básicas que continuam negligenciadas nas ruas de Belém e em todo o interior do País.


