“Plantão na Câmara dos Deputados para tomada de providências. Estou sentada na cadeira do presidente Hugo Motta. Ahhhh quantas coisas poderíamos fazer se o titular dessa cadeira tivesse coragem”, escreveu a deputada, referindo-se ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
A ocupação do plenário começou na terça-feira (5) e reúne deputados contrários às decisões judiciais contra Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado. Para retomar o funcionamento da Casa, Motta convocou uma sessão e ameaçou suspender por seis meses o mandato dos parlamentares que se recusassem a deixar o local, além de considerar o uso da polícia legislativa para desocupação forçada.
Zanatta afirmou que “a polícia legislativa não vai fazer isso com a gente”, e reagiu às críticas sobre a presença da filha na manifestação. “Eles querem é inviabilizar o exercício profissional de uma mulher usando sim uma criança como escudo. Canalhas!”, publicou em resposta às críticas recebidas.
A deputada Carol de Toni (PL-SC) também levou sua filha pequena para a ocupação.
Conselho Tutelar é acionado
O deputado Reimont (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, acionou o Conselho Tutelar de Brasília para investigar possível situação de risco envolvendo a deputada Julia Zanatta e a exposição da criança em um ambiente de instabilidade.
No ofício encaminhado, Reimont afirma que o caso pode configurar violação ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ao expor uma menor a tensão institucional e potencial risco físico. “Tal conduta suscita sérias preocupações quanto à segurança da criança”, destacou o parlamentar.
A Comissão de Direitos Humanos solicitou que o Conselho Tutelar apure os fatos e adote as medidas legais cabíveis, se necessário.