Mais de um mês após denúncias da professora Gemima Arcanjo e de estudantes da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a instituição decidiu interditar bebedouros do prédio após a confirmação da presença de coliformes totais e da bactéria Escherichia coli (E. coli) na água. A medida foi adotada na última terça-feira (8), segundo comunicado oficial da Reitoria.
As análises microbiológicas foram realizadas pela própria docente, que também é vice-coordenadora do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental. Os testes identificaram contaminação nos bebedouros localizados no 4º e 7º andares do edifício.
A decisão de interditar os equipamentos foi tomada após recomendação da Superintendência de Meio Ambiente e Infraestrutura (SUMAI), conforme nota divulgada pela administração da UFBA. A universidade afirmou que investigações e testes adicionais já foram solicitados, e que providenciará a limpeza dos reservatórios o mais breve possível.
A Reitoria destacou que o monitoramento da qualidade da água faz parte de uma rotina preventiva, e que medidas corretivas são tomadas sempre que alguma irregularidade é identificada.
O consumo de água contaminada por E. coli ou coliformes totais pode causar sérios problemas de saúde, incluindo infecções e doenças gastrointestinais com sintomas como diarreia, febre, náuseas, vômitos e desidratação.
O Diretório Acadêmico de Engenharia Sanitária e Ambiental (Daesa) também se manifestou por meio de nota, repudiando a falta de apoio institucional à professora Gemima e reforçando que o acesso à água potável é um direito humano garantido pela Constituição Federal, pela Lei nº 11.445/2007, que estabelece a Política Nacional de Saneamento Básico.