Em meio a invasões e expulsão das pessoas de suas próprias casas, sítios e vilarejos, o secretário que era para proteger, afirma, confirma e apoia o MST.
O secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, voltou a manifestar publicamente apoio ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), reforçando declarações feitas anteriormente sobre a atuação da organização. Durante entrevista concedida nesta quarta-feira (9), em Feira de Santana, Freitas afirmou que os movimentos sociais são “patrimônio da ordem democrática” e devem ser respeitados e defendidos.
A fala ocorreu durante o 1º Workshop de Equoterapia da Polícia Militar da Bahia. Questionado sobre a declaração feita no dia anterior, quando chamou o MST de “escola de cidadania e direitos humanos”, o secretário reiterou seu posicionamento e destacou sua experiência pessoal com o movimento.

“Há pelo menos 20 anos frequento espaços de formação e organização do MST. O que sempre encontrei foi uma mobilização legítima por direitos e importantes lições de participação popular”, declarou. Freitas evitou comentar investigações ou decisões envolvendo o movimento, (no caso, as invasões e atrocidades cometidas aos moradores), mas frisou sua preocupação com eventuais "tentativas de criminalização" de lideranças sociais.
As declarações ocorrem em meio à Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, promovida pelo MST desde o último sábado (5). A mobilização, que se estende até 17 de abril — Dia Internacional de Luta Camponesa.
Felipe Freitas defendeu que a atuação de movimentos como o MST deve ser reconhecida como parte fundamental da democracia. “A defesa dessas entidades é uma responsabilidade coletiva, especialmente em tempos de ameaça aos direitos humanos”, finalizou.
Mas aos expulsos de suas casas, as conquistas suadas pelo direito a moradia que conquistaram debaixo do sol escaldante não se contextualiza democracia quando se trata da invasão do MST.