Diretor de comunicação da UBC, e mente por trás de sucessos como “Milla” e “Praieiro”, Manno Góes reforçou a grandiosidade da homenagem. “É um compositor incrível, multi-instrumentista, um artista de grande relevância para a música brasileira e que traz com ele toda uma história, um segmento musical que nasceu, se desenvolveu na nossa cidade de Salvador, na Bahia, no nosso estado. E isso é um motivo de fato para a gente se orgulhar muito. Engrandece nosso estado, engrandece a nossa música”.
Fã de carteirinha de Luiz Caldas, Saulo Fernandes apresentou um pocket show temático, revisitando sucessos do homenageado. O artista, que é o intérprete que mais regravou canções de Caldas, seguido por Ivete Sangalo, se disse nervoso por imaginar o amigo de longa data lhe prestigiando na plateia.
“Eu acho que toda homenagem para Luiz é pouca. Ele, para mim, é a maior referência, não só da música como de vida, é um horizonte. Eu sempre fico orgulhoso, mas envergonhado também, hoje vai ser um lance de cantar para ele, na minha frente. Eu tenho cantado com ele do meu lado e tem sido muito difícil, agora cantar de frente”, brincou.
A história de um precursor do axé
Com o icônico álbum "Magia" (1985), Luiz Caldas deu o pontapé inicial no movimento da axé music, levando a percussão afro-baiana para um novo patamar. O disco trouxe o hit "Fricote", parceria com Paulinho Camafeu, que não só projetou Caldas nacionalmente, mas também ajudou a consolidar a identidade do axé.
Ao longo da carreira, o cantor registrou 818 obras na UBC e possui 276 gravações catalogadas na base do ECAD. Entre suas composições mais regravadas estão "Haja Amor", "O Que Que Essa Nega Quer" e "Fricote", com destaque para interpretações de artistas como Ivete Sangalo e Saulo Fernandes, seu principal regravador.
