O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Adolfo Menezes (PSD), tem sido manobrado por caciques petistas para sustentar a manutenção de seu nome na disputa pela presidência da Casa, visando a um terceiro mandato consecutivo. Entretanto, essa estratégia faz parte de uma manobra do partido para assumir a presidência da Casa de forma questionável, o que tem incomodado membros de outras siglas governistas, conforme apurou o Enxame Baiano nesta quarta-feira (15).
A permanência de Adolfo Menezes é vista como improvável, caso ele insista em buscar o terceiro mandato. O Supremo Tribunal Federal já estabeleceu entendimento contrário à possibilidade de uma segunda reeleição no comando das Casas Legislativas. Diante de um eventual impedimento do pessedista, o vice-presidente do PT assumiria a presidência, e, considerando as dúvidas sobre a vacância, poderia interpretar o texto regimental como uma sucessão automática, sem necessidade de convocar nova eleição.
Para o posto de vice, o nome de Rosemberg Pinto (PT) é o mais cotado. Ele estaria disposto a abrir mão do valioso cargo de líder do governo para esperar pela eventual queda de Adolfo e, assim, realizar seu sonho de presidir a Casa, algo inédito para o PT.
Observando esse cenário, o senador Ângelo Coronel (PSD) lançou a candidatura de seu filho, Ângelo Filho (PSD), para neutralizar o PT, o governo e, possivelmente, um acordo oculto entre Adolfo e os caciques petistas. Essa disputa intensifica a confusão que envolve a Assembleia Legislativa.
Porém, o senador Otto Alencar (PSD) lançou um balde de água fria na estratégia petista. Em entrevista ao jornalista Victor Pinto, da rádio Band News FM, Otto afirmou que a proporcionalidade da Casa deve ser respeitada, reconhecendo o direito do PT à primeira vice-presidência, mas sem definir quem será o candidato à presidência. Ele mencionou os nomes de Adolfo Menezes, Ivana Bastos (PSD) e Alex da Piatã (PSD) como possíveis opções. Caso um dos dois últimos seja escolhido na próxima reunião do PSD, marcada para segunda-feira, Otto reforçará o protagonismo do partido e frustrará os planos do PT.