Não se deve esperar muita coisa da oposição na Câmara dos Vereadores de Salvador a partir do próximo ano.
A bancada minguou. Quem diria que depois de dar as cartas na casa legislativa por anos - boa parte deste período como um fiel vereador governista -, o vice-governador Geraldo Junior (MDB), que desde 2022 aderiu à base do governo estadual, seria o responsável por praticamente implodir a oposição municipal? Como adversário de Bruno Reis (UB), reeleito no último domingo, Geraldo facilitou mais a vida do prefeito no último domingo do que quando era aliado.
Quando se imagina a formação da oposição apenas com partidos que sistematicamente se posicionam contra as pautas do prefeito, a bancada ganhou força com o Psol, que contava com apenas uma parlamentar e agora passa a contar com dois.
Por outro lado, o PT, tradicionalmente o principal partido oposicionista na capital baiana, amargou a perda de 75% dos seus espaços, passando a contar com apenas uma das quatro vagas conquistadas em 2020. O desempenho pífio de Geraldo na disputa, mesmo tentando colar em Lula, refletiu-se na bancada.