Profissionais de enfermagem que atuam no Hospital Materno Infantil de Alagoinhas realizaram, nesta segunda-feira (23), uma manifestação contra a prefeitura do município para cobrar melhores condições de trabalho na unidade de saúde. Eles cobram que a gestão municipal garanta direitos básicos para manter o ambiente de trabalho “com o mínimo de dignidade”.
Durante o protesto, os profissionais fizeram críticas ao prefeito Joaquim Neto (PSD), que está concluindo seu segundo mandato. Os manifestantes dizem que Joaquim, por ser médico, deveria ter dado maior atenção à saúde de Alagoinhas, mas acabou deixando a área com muitos problemas.
Os manifestantes ainda denunciaram que foram ameaçados de serem impedidos de retornar ao trabalho caso continuassem com o protesto. Eles reclamam de questões relacionadas à infraestrutura da unidade, falta de materiais e de investimentos em contratação de pessoal.
No local, uma mulher morreu no mês de julho após o parto na maternidade. De acordo com relatos da família, a mulher deu entrada na unidade de saúde e não recebeu o atendimento necessário. Ela sofreu uma hemorragia intensa após o parto e não resistiu. Os médicos diagnosticaram a necessidade urgente de uma medicação específica para conter o sangramento e estabilizar a paciente, porém o medicamento não estava disponível na maternidade.
O caso levou a vereadora Luma Menezes (PDT) a protocolar uma representação no Ministério Público da Bahia denunciando irregularidades no hospital. “Para tentar mostrar serviço às vésperas do período eleitoral, a Prefeitura inaugurou o hospital às pressas, sem garantir o pleno funcionamento do equipamento público. Detectamos problemas como a falta de insumos, de pessoal e de medicamentos. Isso sem falar que uma parte da unidade ainda estava em obras quando foi aberta para atendimento”, denunciou.