Baía do Guajará vira palco de mega manifestação! Ribeirinhos e indígenas usam a força dos rios para cobrar justiça climática dos líderes globais!
Redação Enxame Baiano
Fazendo parte da vida dos baianos!
Enquanto Belém sedia a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), a voz da floresta se fez ouvir de maneira poderosa e inédita. Mais de 200 embarcações se uniram em uma gigantesca Barqueata Fluvial na Baía do Guajará, como parte da Cúpula dos Povos, evento que contrapõe a conferência oficial.
O ato não foi de delegações, mas sim de protesto e denúncia, reunindo cerca de 5 mil pessoas, incluindo ribeirinhos, líderes indígenas, quilombolas e ativistas de todo o mundo. Eles usaram a principal via de Belém — os rios — para mostrar que as soluções climáticas devem vir de quem vive e protege a Amazônia.
🌊 A Força Fluvial do Protesto
A Barqueata foi um espetáculo visual e político. Canoas, barcos de pequeno e médio porte, e embarcações tradicionais navegaram juntos, carregando faixas e cartazes com palavras de ordem.
• O Grito Contra o Capitalismo Verde: O objetivo central do protesto foi criticar o que os manifestantes chamam de "Capitalismo Verde" e as soluções climáticas que não incluem ou que ameaçam os territórios tradicionais. O foco é pressionar os líderes globais a reconhecerem o conhecimento e o papel dos povos da Amazônia na preservação da floresta.
• Denúncia: Os participantes denunciaram o avanço de grandes projetos (como mineração, agronegócio e hidrelétricas) em suas terras, que são frequentemente facilitados por governos e grandes corporações, contrariando o discurso de preservação da COP30.
• Símbolo: A mobilização fluvial resgatou a importância dos rios como eixo da vida e do protesto na Amazônia, transformando a Baía do Guajará em um palco de clamor por justiça ambiental e social.
🌎 Cúpula dos Povos x Conferência Oficial
A Cúpula dos Povos, da qual a barqueata fez parte, reúne milhares de ativistas e cientistas de diferentes países, oferecendo um espaço alternativo para debater a crise climática a partir da perspectiva dos movimentos sociais e das comunidades de base.
O protesto com as mais de 200 embarcações serviu como um poderoso lembrete visual para as autoridades e delegações oficiais da COP30 de que o debate sobre o clima na Amazônia não pode ser feito sem a participação e o respeito aos povos que a protegem.
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