O Estado do Rio de Janeiro, epicentro de desafios complexos na Segurança Pública brasileira, assistiu recentemente a uma demonstração de firmeza e coordenação das suas forças de segurança, sob a liderança do Governador Cláudio Castro.
A gigantesca "Operação Contenção", que mobilizou mais de 2,5 mil policiais civis e militares nos Complexos da Penha e do Alemão, representa um marco na luta contra o que o próprio governador classifica como narcoterrorismo.
Essa ação integrada, a maior dos últimos 15 anos no estado, enviou uma mensagem clara: o poder é do Estado, e não do crime organizado. A apreensão de grande quantidade de armamento, incluindo fuzis, e a prisão de dezenas de criminosos, muitos deles lideranças, demonstram a seriedade e o planejamento técnico por trás da investida.
O Impacto Positivo de Curto Prazo para a Sociedade
A curto prazo, o impacto dessa ofensiva na sociedade fluminense é notório e profundamente positivo.
• Restauração da Soberania: A sensação de que o Estado retoma o controle de territórios dominados pelo crime organizado é um bálsamo para as comunidades e para a moral das forças de segurança.
• Segurança Imediata: A desarticulação de facções e a apreensão de armamento pesado inibem as ações criminosas, reduzindo a violência e permitindo que cidadãos de bem retomem minimamente sua rotina sem o temor constante da tirania do tráfico.
• Mensagem de Confiança: Para o investidor e para o cidadão comum, uma ação como essa sinaliza que o governo está disposto a enfrentar a guerra, gerando um ambiente de maior confiança na capacidade de gestão e de proteção do Estado.
É um respiro necessário para a população, trabalhadores e famílias que são as verdadeiras vítimas da violência e da expansão territorial do crime.
A Contradição da Esquerda na Segurança Pública
No calor do embate contra o crime organizado, manifesta-se a conhecida contradição de parte da esquerda brasileira. Enquanto a população clama por ordem e segurança, alguns setores parecem mais preocupados em emitir notas de repúdio ou criticar a atuação policial, chegando a classificar operações como "chacinas" e a defender instrumentos legais, como a ADPF das Favelas, que, na prática, impuseram restrições operacionais que, segundo o Governador Castro, foram exploradas pela criminalidade para erguer "barricadas" e consolidar o seu poder.
O foco em proteger o criminoso, sob o pretexto de "direitos humanos", ignora os direitos humanos da maioria trabalhadora e honesta que vive sob o jugo das facções. Essa visão, ao reduzir a violência apenas a uma questão de desigualdade social sem reconhecer a malignidade do narcoterrorismo, acaba por enfraquecer a ação do Estado e, paradoxalmente, proteger os algozes dos mais vulneráveis. É uma postura que, no debate público, se traduz em uma visão reducionista e permissiva da segurança.
Modelo de Replicação para Outros Estados
O sucesso da Operação Contenção, em termos de coordenação e impacto no aparelho logístico e operacional do crime organizado, serve como um modelo replicável para outros estados. O Rio de Janeiro, com sua experiência de décadas, demonstra que a integração das polícias (Civil e Militar) e o uso de inteligência e planejamento de longo prazo são cruciais.
Para replicar, outros estados com desafios de crime organizado crescente devem focar em:
1. Investimento Massivo em Inteligência: Desmantelar a logística e as lideranças antes da execução de grandes incursões.
2. Coordenação Total de Forças: Eliminar a competição e a desconfiança entre as diferentes forças policiais.
3. Apoio Político Inabalável: O Governador deve sustentar publicamente a ação das suas polícias, assumindo o ônus político do enfrentamento.
4. Integração Interestadual: O Governador Castro já propôs um "Consórcio da Paz" com outros estados (como Goiás e Minas Gerais), focando no combate às facções que atuam nacionalmente. Essa é a chave para uma luta que não é mais regional, mas nacional.
A Lamentável Negação de Suporte Federal
Apesar da dimensão do desafio e do esforço estadual, o Governador Cláudio Castro tornou pública a negação de suporte do Governo Federal, citando pedidos de auxílio com blindados negados pelas Forças Armadas e a falta de colaboração em momentos críticos.
Embora o Governo Federal tenha se defendido citando o apoio da PRF em rodovias e recursos destinados, a recusa em prover auxílio tático imediato – como o empréstimo de blindados federais – sob alegação de necessidade de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), que o Presidente se opõe, revela uma postura política desfavorável ao enfrentamento direto.
A segurança pública, especialmente o combate ao crime organizado que possui dimensão nacional e transfronteiriça, exige uma união nacional. A negação de apoio tático ao Rio de Janeiro, uma frente de combate crucial, é vista como uma omissão preocupante que enfraquece a luta contra o crime no momento mais agudo e politiza indevidamente um tema que deveria ser de interesse comum a todos os brasileiros.
A sociedade do Rio de Janeiro e do Brasil clama por união: soma ou suma! O Governador Cláudio Castro, ao liderar com coragem e planejamento, mostra que o Rio de Janeiro está disposto a fazer a sua parte, esperando que, no futuro, a maturidade política do Governo Federal acompanhe a dimensão da ameaça.
POR MARCOS MATTOS
Jornalista e Diretor do Portal Enxame Baiano

