A vereadora de Salvador, Eliete Paraguassu (PSOL), falou nesta terça-feira (11), durante sessão na Câmara Municipal, sobre não participar da Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente. Ela afirmou que sua atuação está diretamente ligada à defesa do meio ambiente e que sua presença na comissão seria essencial para representar comunidades afetadas por crimes ambientais e racismo ambiental na capital baiana.
“Fiquei muito triste quando esse pedido não foi atendido. Eu vivo a natureza, sou parte dela e represento populações que sofrem com os impactos ambientais na cidade. E eu quero muito pedir a todos aqueles e aquelas que entendam que há necessidade de pedir que faça parte da Comissão de Meio Ambiente e a Comissão de Saúde, é porque essas populações que eu aqui represento são populações que estão acometidas a doença por conta dos grandes crimes ambientais e grande racismo ambiental que tem na cidade de Salvador e no entorno e que acomete diretamente a vida dessas populações.”, declarou a vereadora.
Em resposta, o presidente da Câmara, Carlos Muniz (PSDB), esclareceu que a escolha dos membros das comissões não depende exclusivamente dele, mas segue critérios definidos pelos partidos e pela diretoria legislativa. Ele destacou que as bancadas com maior número de vereadores têm prioridade na escolha das vagas e sugeriu que Eliete poderia ter mais influência na decisão caso integrasse a oposição.
“Eu não participo de quem vai ser o presidente e o vice-presidente de comissão nenhuma, porque eu não participo da eleição. Eu digo a todos, quando me pedem para que eu faça um compromisso em relação a isso, eu digo a todos, vocês têm que fazer isso com seus colegas e não comigo. Não garantir a ninguém que seria presidente ou vice-presidente de comissão, como eu também não garantir a ninguém que essas pessoas iriam participar das comissões, os vereadores iriam participar das comissões. Quem faz esse tipo de cálculo é a diretoria legislativa”, afirmou Muniz.