"Eu quero dizer aos senhores, estamos travando uma briga grande, como o Poder Judiciário, em especial Supremo Tribunal Federal, para liberar as emendas no Brasil. Eu, como relator do orçamento, falei ontem com a equipe econômica do governo, que perguntaram se eu iria colocar para votar agora em fevereiro. Eu falei: 'depende, se tiver um acordo para liberar as emendas, principalmente na Bahia'. Se não tiver acordo para liberar as emendas, orçamento fica na gaveta. Fica na gaveta. Não é bravata, não é arrogância. Porque eu tenho que proteger, eu tenho que atender os deputados federais, que vivem todo dia perguntando quando é que vai votar", declarou o senador.
"Prefeito me liga, perguntando quando pode ir a Brasília. E só a gente prorrogando e prorrogando porque um poder quer interferir num outro poder. A Constituição é clara, tem harmonia e independência. E o que está se vendo hoje é o poder judiciário mandando no executivo e mandando no Legislativo. Isso não pode", gritou Coronel.
A fala pegou os presentes de surpresa. Alguns dos prefeitos que marcavam presença no local aplaudiram, enquanto outros apenas permaneciam imóveis.
"Tire a toga e venha ser deputado ou senador para você legislar. O que não pode é você querer interferir no Poder Legislativo sem ter prerrogativa para isso. Isso aí, amigas e amigas, não dá", declarou.
No último dia 13 de janeiro, o ministro Flávio Dino deu 30 dias para que os governos estaduais e federal criem normas de transparência e rastreabilidade para o envio de emendas parlamentares a instituições de ensino superior e fundações de apoio vinculadas. O ministro prevê que, com a medida, haja "aplicação e prestação de contas adequadas".
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