O líder do governo Bruno Reis (UB) na Câmara Municipal de Salvador, Kiki Bispo(UB), segue com o futuro indefinido na montagem da segunda gestão do prefeito.
Interlocutores ouvidos pelo Enxame Baiano garantem que um possível retorno ao Executivo, na posição de secretário, enfrenta resistência no Palácio Tomé de Sousa. Já Carlos Muniz (PSDB), presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), teria ressalvas quanto à recondução de Kiki à liderança.
Com passagem pela Secretaria Municipal de Promoção Social (Sempre), Bispo é lembrado por correligionários como uma opção para voltar a compor o primeiro escalão da gestão — sobretudo devido à importância que possui dentro do grupo e à sua relevância eleitoral. A resistência, entretanto, reside no próprio desempenho de Kiki na pasta. Apesar de não ter sido desastroso, seu período à frente da Sempre não deixou marcas significativas. Esse desempenho mediano, para o padrão exigido pelo grupo de Bruno, pode ser considerado aquém do esperado.
No Paço Municipal, Muniz não impõe um veto direto à recondução de Kiki ao posto de líder, mas tem reclamado a pessoas próximas que, enquanto presidente, precisou acumular funções que deveriam, originalmente, ser desempenhadas pelo líder do governo. Um exemplo claro seria a marcação de reuniões entre os vereadores e o prefeito. Muitos edis têm preferido recorrer a Muniz para esse tipo de interlocução, quando o protocolo sugeriria que consultassem Kiki primeiro.
Para ocupar o cargo de líder do governo, surgem dois nomes do próprio União Brasil: Duda Sanches e Claudio Tinoco. A posição tem despertado grande interesse, especialmente devido à expectativa de um ano intenso na Câmara, com debates importantes, como a reforma do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), e negociações amplas envolvendo os setores imobiliário e empresarial.
Aliados são unânimes, porém, ao reconhecer que Kiki não deve voltar para a “planície”. Bruno ou Muniz, um dos dois vai ter que afinar os ponteiros com Kiki.